sexta-feira, 18 de julho de 2008

depois

Hoje é tão claro.
Como seria em um milhão de anos.
Mas há tempos distantes, bobagem.
Só naquele instante seria riso sem importância.
E bem ali houve a hora dela.
A discrepância soando como um megafone em meus ouvidos.
E chora o coração. Pela anunciada frustração.
Ou porque gostei depois da hora.
Mas onde que fui encontrar que era ali naquele instante?
Que era a menina do assobio colorido.
É que foi um tanto de tempo depois.
Onde já não havia mais.
Encontrei belos aqueles momentos que passamos.
Quando presentes, mal me importavam.
Brinquedo das horas tratantes. O amor foi assim mesmo.
Era ali minha época de vida solta.
De experimentar o gosto do mundo.
Eu trilhava o verdadeiro.
E hoje, é oposto.
Deve ser daí que dizem sobre verdade relativa.
Hoje, o sorriso diz muito mais do que o momento me trouxe.
Cabe-me a dúvida.
Sobre graças da vida.
Ainda sobre aquele momento, bem aquele.
Era só para uma posterior indagação?
Ficou na foto uma séria ilusão.
Em que hoje os beijos seriam doces.
Ilusão que permanecerá mesmo descoberta.
Onde ainda duvidarei das minhas intenções.