quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

No improvável, a graciosiadade.
Pra me perder no óbvio.
A vida é mesmo engraçada.
Percebo simples assim.
Que a minha é cada vez mais de sonhar.
Dela esperarei de tudo.De tudo um pouco.
Tenho fumado meus cigarros pela metade quando penso em você.
Já te disse que seu rosto me parecia familiar?
Talvez seja nos rostos que vi na espera pelas suas noites livres.
Não pequei por observação.
Vá lá, por compreensão.
Hoje sinto riso e dor.
Ressoa sem cessar nos meus ouvidos.
A questão do porquê de você vir e ir.
Criatura que pisa na areia.
Sabendo que vem o mar para apagar.
E eu, aqui areia?
Onde mudei vírgula na sua existência?
Aqui foi vendaval.
Perdi o rumo dos pés.
O caminho tão comum agora é um labirinto de intenções.
E nelas, nada de certezas.
Reguei uma coleção de porres.
Calei cada instante de felicidade por te trazer á memória.
Era evidente. Iminente.
Se puder, finja que foi algo.
Das poucas coisas que ainda não sinto, rancor.
Como num grande jogo, as fichas estão se esgotando.
Em abismo adiante, fica aqui promessa de hesitar.
Infeliz de haver um amanhã.
Onde tudo pode mudar.
Feliz de pensar que foi ontem.
Mesmo que haja faca em meu nó.