"Dão-nos nomes,
dão-nos números,
dão-lhes inúmeros,
mas nós não queremos o que já temos,
pois temos fomes
e elas têm nomes,
têm sede,
têm pressa,
têm crenças,
têm saudades,
têm vontade de cair
numa imensa rede
e dormir
e de ficar
e de dizer adeus..."
E elas vão rudes
numa saudável doença,
em inúmeras verdades,
num não sei quê que alucina,
apostando no azar,
vendo para crer,
crendo para ver,
e elas vão nessa
solidão sem nome,
buscando abraços,
baladas sem passos,
religiões sem Deus,
relações sem par,
fast sem food,
amor sem rosto,
governar deposto,
estar sem se dar.
São tantos nomes que já esquecemos,
pois não conhecemos dentro delas,
isso, elas...
medo elas têm sem querer
e muito mais fome
e muitos mais nomes
e neles o desgosto gostoso,
a distração sem um compromisso sequer,
o controle sem canal,
o imediatismo posto frente ao terrível vazio,
ao pranto da busca pelo alívio sem solução,
uma satisfação com fome,
nem sim nem não,
um casamento com separação total,
um cobertor com tanto frio,
uma religião com chantagem,
uma imagem com nome,
um nome com imagem,
sempre uma alternativa pra uma coisa qualquer.
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)