Nada mais me lembra você.
Desgarrar do travesseiro agora é só a hora de acordar.
O dia não se anuveia em céu pelado por lembrar das nossas.
Minhas loucuras das noites vagantes não são mais espera em te encontrar.
E cada sorriso que recolho, em nenhum mais vejo sua boca.
Já leio poesias e ouço canções que mostram outro sentido.
Vivenciar as coisas sem devidas emoções.
Há graças que só nisso eu percebi.
Agora dou chance a todas elas.
Aberto coração que agora é lançado no espaço.
Alinho minhas notas e faço meus versos.
E nada de rememorar de onde vinha minha inspiração.
Dor já não sei por onde vai. E de onde veio.
E o balouço das minhas diretrizes parece tão preciso.
Meus sábados estão bem, obrigado.
São vivos, não faço idéia de como eram seus gestos.
Aliás, um absurdo pensar que tardes e tardes caminhando com você era sinônimo de felicidade.
Trocando em míudos, já não tenho certeza se fui feliz.
Pois é cantante a vida agora.
E a melancolia já não beira o infinito de quando você se foi.
Sem dizer laços nem abraços.
Posso até rir como um insólito insensível insensato.
Não é desdém.
É que simplesmente você se foi um dia.
E num dia chegaria o esquecimento.
Sempre haverá um dia.
Mesmo que haja o dia de rabiscar tudo isso numa folha.
Já sabendo que nada mais me lembra você.
Prometo que lembrei só para escrever.