E pensar que estávamos no mesmo lugar.
Víamos a mesma coisa.
E até aproveitamos juntos.
Dividimos aquele momento.
Mesmo distantes.
Me deixa melhor saber que era perto, bem perto.
Fico calado, pensando.
Tanta demora em perceber.
Que essa será a ordem da vida.
Sempre ao redor.
Dois desconhecidos na mesma rua.
Ou num show.
É assim que deve ser.
Distantes.
Separados pelos carros que passam.
Por uma rua.
Que se fosse a China, mesma coisa.
Gosto da sensação.
Falo com meus sentimentos.
Pode ser que somos amantes.
Vivendo em mundos distantes.
Fizemos nossas escolhas.
Nossa partilha.
Cada qual no seu recolher.
Para cada passo fazer sentido num futuro.
Naquela hora, voltamos ao marco zero.
Por uma música.
Ninguém mesmo há de entender.
Nem ao menos nós.
Não se explica.
Não se vive.
Nem acontece.
Apenas não deixa de existir.
segunda-feira, 30 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
falso amor
Nos pregam sobre o amor.
Dizem que a garota mais bonita da escola se apaixonará por nós se amarmos ela de verdade.
No fundo, quer dizer, no último dia de aula ela vai largar o namorado bonitão e ficar com você que sempre esteve do lado dela.
Na adolescência, se escrevermos bilhetes anônimos para a garota que amamos, certamente num dia, como se fosse mágica, ela, cheia de amor para dar, descobrirá que os bilhetes eram seus e aquele menino que sempre quis atrapalhar tudo será desmascarado.
Talvez encontre o amor da sua vida naquele bar, olhando para você e dando risada para as amigas. Terão uma noite intensa de sexo, ela sumirá, você irá atrás, ela não dará bola, você viajará e quando voltar, alguns anos depois, encontrará ela no mesmo bar, sozinha, dizendo que estava pensando em você naquele exato momento. Pode mudar a versão para o cinema, praia, etc...
No show da sua banda favorita, de repente, o vocalista diz que tem um recado muito importante para passar. Começa a tocar a sua música favorita e, no meio dela, uma garota te cutuca pelas costas. Você vira, ela te beija e aquela paixão de tanto sofrer nunca mais saberá o que é tristeza.
Num dia, você resolverá casar com uma mulher bacana, bonita, inteligente, interessante, mas que falta aquele "q" de paixão que tanto nos fazem acreditar que existe.
No altar, na marca do pênalti, seu eterno amor entrará correndo na igreja, tomará o microfone da mão do padre, causará um carnaval imenso e sairá da cerimônia carregada no colo pelo noivo, que no caso, é você.
Falando sério, quem acredita mesmo nessas coisas?
Vai, pensa aí na explicação de tanta infelicidade amorosa!
Quando começar a desacreditar, ali estarão Glória Pires na TV e o Robertão no rádio para te convencer do contrário.
Dizem que a garota mais bonita da escola se apaixonará por nós se amarmos ela de verdade.
No fundo, quer dizer, no último dia de aula ela vai largar o namorado bonitão e ficar com você que sempre esteve do lado dela.
Na adolescência, se escrevermos bilhetes anônimos para a garota que amamos, certamente num dia, como se fosse mágica, ela, cheia de amor para dar, descobrirá que os bilhetes eram seus e aquele menino que sempre quis atrapalhar tudo será desmascarado.
Talvez encontre o amor da sua vida naquele bar, olhando para você e dando risada para as amigas. Terão uma noite intensa de sexo, ela sumirá, você irá atrás, ela não dará bola, você viajará e quando voltar, alguns anos depois, encontrará ela no mesmo bar, sozinha, dizendo que estava pensando em você naquele exato momento. Pode mudar a versão para o cinema, praia, etc...
No show da sua banda favorita, de repente, o vocalista diz que tem um recado muito importante para passar. Começa a tocar a sua música favorita e, no meio dela, uma garota te cutuca pelas costas. Você vira, ela te beija e aquela paixão de tanto sofrer nunca mais saberá o que é tristeza.
Num dia, você resolverá casar com uma mulher bacana, bonita, inteligente, interessante, mas que falta aquele "q" de paixão que tanto nos fazem acreditar que existe.
No altar, na marca do pênalti, seu eterno amor entrará correndo na igreja, tomará o microfone da mão do padre, causará um carnaval imenso e sairá da cerimônia carregada no colo pelo noivo, que no caso, é você.
Falando sério, quem acredita mesmo nessas coisas?
Vai, pensa aí na explicação de tanta infelicidade amorosa!
Quando começar a desacreditar, ali estarão Glória Pires na TV e o Robertão no rádio para te convencer do contrário.
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