segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

onde andará?

Deixei aqui.
Não encontrei.
Juro que acho que cuidei.
Encostar um amor de canto é perigoso.
Afinal, cada um tem a sua hora e a sua vez.
Vez de ir e de ficar.
Deixar e ser deixado.
Pensei que encontraria.
Como deixar uma moeda no bolso e a procurar noutro dia.
Talvez a encontre.
Talvez não.
Resta ir atrás de outra moeda.
Amor não resta.
Cai como num bolso furado.
E quando vê, já nem sabe quando foi.
Coloquei o amor no bolso.
Em seguro e em desuso.
Agora é tarde.
Caminho sozinho pra reencontrar.
Sem a mínima idéia de onde estar.
Calado, frustrado.
Do amor perdido no mundo.
Se vou encontrar, sorte de tolo.
Conselho que fica.
A pé, devagar.
Afoito, presente e futuro.
Fitado em meus olhos.
Guardado em abraços.
Ali estará.
Bobagem até parece.
Mas pouco cuidado é coisa de ontem.
Perder é razão pra saber.

Um comentário:

Mah Jardim disse...

Aodrei os seus textos.Parabéns :D