quinta-feira, 17 de abril de 2008

primavera de 85

Quase que na sombra, secretamente.
Sem ousar do orgulho nem tocar nos problemas.
Me aproximo em pensamento ao ponto de fechar meus olhos com teus sonhos.
Entre desesperos e destemperos. Minuto atrás e sem negar no adiante.
Dentro de mim, caminho efusivo aos teus encantos.
Não sei ao menos nem quando. Onde. Como e porquê.
Não me vi em vez dessa forma uma vez se quer.
Talvez exclusiva existência.
Nunca em par, fosse a escuridão.
Mas só há hora para falar de você.
Apertado som que jamais escutei. Basta sonhei. Como tua voz.
E vi oculto, linda primavera. Sonhando vou. Falando de amor.
Ou pensando em você. Tudo se confunde.
Dentro de si, caminha aos teus modos.
Sabe do pouco, talvez do nada. Sei do tanto que sobra.
Espalha-se pelas beiradas. É dadivoso escrever-te hoje.
A sombra sobre a alma e o sorriso esculpido é desejo para o infinito.
Por Deus, um dia puder concreta explicação. Caberá todas as flores.
Hoje, o desejo de você nas estrelas. Todos os dias.

Um comentário:

Marcelo Mayer disse...

para mim seria primavera de 2006

abraços!