segunda-feira, 5 de maio de 2008

Feche seus olhos

Aos cruzamentos é possível razão.
Vidas que se cortam.
Cruzes da vida que carregamos.
Ou vezes rotas de sorte em encontro.
Aos tantos esbarros de todos os dias.
As tantas promessas que não concretizam.
Aí você.
Descola-se da normalidade dos encantos que se vão.
É assim pela pungência anunciada para amanhã.
Até vejo onde parar. Me vejo num par.
Vejo mais perto, com medo.
Do jeito que faço ter gosto.
Em ponto das coincidências.
Perco-me na sonoridade. Nos seus papos. E rio do seu sarro.
Vira a mesa dos meus sentidos. É pisar nas estreitas ruas.
É bailar em escura noite.
Perco a hora desde então.
Confundo com minhas palavras e esclareço nas suas.
Numa esquina, na menos exata. A mais bonita.
E menos provável.
A esquina que desenho como sorte.
Cruzada está. Ficando vou.
Amarei?
O corte de cabelo e a banda favorita bastaria.
Mas é ponte muito além.
Que pareço seguir vendado.
Irei?
Um passo e um pensamento.
Talvez no final dela, desvendados os meus segredos.

Um comentário: