segunda-feira, 19 de maio de 2008

reflexos

Ao que escrevo?
Pois vivo em poucos dias.
Existo em quase todos.
Ser exato, buscar as fantasias.
Me enrolo em um cobertor de dúvidas.
E jogo os lençóis das decisões para o alto.
As minhas poesias existem na humildade.
Por meus contos, as complexidades.
Vago no seu coração. Em suas lamúrias.
Nas verdades que nos separam.
Me banho em idéias.
Inspiração que vem de todas as coisas.
Em nada um descarte.
Pretensão de tirar de você tudo que posso.
No ponto de você me olhar e ali estar contidas tantas palavras.
Que na sensibilidade, me obrigo a escolher as certas e presentear uma folha.
Inclino meu peito aos céus e troco as letras de lugar.
Coloco meus olhos nas cinzas e vejo reinos inteiros de descobertas em prosas.
Quero talvez criar o meu mundo.
Envolto de azul, sem parágrafos ou vírgulas.
Aos tantos mestres que cativam. Clareiam e escurecem.
São minha noite e meu dia.
Na intensa busca pelos meus próprios sentidos.
Quero um despertar iminente.
Onde eu possa acordar e encontrar palavras.
E essas regarão sonhos.

2 comentários:

Marcelo Mayer disse...

o retrato de quem ama é a cama, o lençol e o cobertor. não esqueça jamis disto! mesmo se forem dúvidas!

abraços

Fernando Segredo disse...

Sonho dentro de travesseiro?

Muito bom.

abs